Despedida do Poeta
Josué G. Araujo
Não repetiriam tal imprudência,
Dante, Dumas e Shakspeare.
Tudo se perde na dormência.
Romeu e Julieta, A Dama das Camélias,
E a Divina Comédia...
Outro Teatro? Talvez.
Para onde vamos? Quem sabe?
Justa causa irrevogavelmente.
O que se fecha é a porta.
Razões? Não importa.
A demissão é imperdoável.
Todos fracassam em cena.
O final é sempre um litígio,
As lágrimas não compram
Valor e prestígio.
Vivendo e vendendo ilusão,
Imperfeitos, tal qual, marionetes,
Artistas naturalmente sem opção,
No palco do mundo somos interpretes.
A vida é um drama em eterna atuação.
A direção, só a saudade conhece.
O coração voa nas asas da imaginação,
Descerrando as cortinas da mente.
Fecham-se as janelas da alma.
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